Comunicação
entre microcontroladores utilizando Código Morse
A
experiência O desafio
proposto era fazer a comunicação entre dois
microcontroladores utilizado o Código Morse. Para isso
eu utilizei um PIC16F648A e um STM32F103C8T6 (nada em
comum entre os mesmos, mas era o que eu tinha a mão!
rsrsrs). Óbvio que utilizando tal padrão de comunicação
não seria possível transmitir valores "binários" ou
"hexadecimal" e nem mesmo FULL ASCII, apenas letras e
números, além de alguns caracteres de pontuação (não
implementados nessa primeira versão) seria totalmente
possível. Como eu disse, valeu apenas como desafio!
Um pouco da
teoria O código morse
foi criado por Samuel Finley Breese Morse, o
criador do telégrafo elétrico. Ele baseia-se em um
sistema de representação de letras, números e caracteres
de pontuação que utiliza codificação intermitente
através de pulsos ou tons com duração curta e longa
(sistema binário). O código criado por Samuel Morse
sofreu grandes adaptações por parte do alemão Friedrich
Gerke em 1948 e em 1965 o Congresso Internacional
de Telegrafia oficializou a simbologia internacional,
bem diferente da original criada por Morse. O atual
código contempla todas as letras do alfabeto, números e
caracteres de pontuação e a figura/tabela abaixo mostra
os caracteres válidos no código hoje. Além desses
caracteres temos ainda:
E também
alguns caracteres especiais para controle das mensagens:
Perceba que
não estão contemplados nas tabelas acima todos os
caracteres presentes na tabela ASCII. Isso porque o
código foi criado muito antes do padrão ASCII e desde
então as comunicações avançaram muito e novos padrões de
transmissão foram criados. Um outro
detalhe importante a respeito do código morse é a
nomenclatura adotada para ponto e traço. Costuma-se
chamar o ponto de "dit" e o traço de "dah", para
facilitar seu uso durante o estudo do código. Convencionalmente
adotou-se que um "traço" tem 3 vezes a duração de um
"ponto". O espaço entre um ponto e um traço ou ponto e
ponto ou traço e traço tem a duração de um ponto. E o
espaço entre palavras tem a duração de 7 pontos. Um radioamador
experiente consegue transmitir/receber mensagens a uma
velocidade de aproximadamente 40 WPS (palavras por
minuto) e tem-se notícias que alguns chegaram a um
número muito maior que isso (algo em torno de 100 WPS). Não há um
tempo fechado para a duração de um ponto (mandatário na
adequação dos outros tempos), já que isso vai de
operador para operador. O Hardware
utilizado Para está
experiência eu utilizei duas placas criadas por mim
(figura acima) e que eu costumo usar em minhas
experiências e para trabalho também. Uma delas está
disponível neste site. A outra estará em breve. Uma
delas é a PE-PIC16F628A (Placa
de estudos para microcontroladores PIC16F628A) e a
PE-STM32 (Placa de estudos para microcontroladores
STM32F103C8T6 - em breve no site!). As conexões
são muito simples: As saídas C (comum) e NA (normalmente
aberta) do relé da placa PE-PIC16F628A foram conectadas
aos pinos GND e PA0 da placa PE-STM32. Claro que você
poderá fazer a experiência utilizando um PIC-16F648A e
um módulo BluePill adequadamente inseridos em
"proto-boards", ou adaptar a mesma para o hardware que
possui em mãos. Para isso as conexões necessárias são: Placa
PE-STM32:
Placa
PE-PIC16F628A:
Os programas Mais abaixo em
"Download's" você poderá obter os pacotes com os
respectivos códigos para os microcontroladores PIC e
STM32, ambos desenvolvidos na Linguagem C. Não vou aqui
detalhar nenhum deles. Tudo foi bem comentado, o que
deve ajudar na compreensão dos mesmos. Enjoy!!!
Conclusão O uso de tecnologias mais antigas em conjunto com as novas tecnologias é algo bastante desafiador e desafios são a base do aprendizado e também da diversão (se você considerar que um projeto de final de semana é algo divertido). Espero que tenha curtido essa leitura! Boas montagens, estudos e desafios!!! Até a próxima! Downloads: - Pacote
com código fonte para microcontrolador PIC16F648A Especificações: - Cérebros - PIC16F628A e STM32F103C8T6
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